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Mensagem do Diretor dos Salesianos do Porto para o ano 2022/2023

Ao contemplar os milhões de espécies que habitam o nosso planeta, é impossível não ficar maravilhado perante as adaptações mais espetaculares, a imensa variedade ou a perfeição cuidada ao mínimo detalhe. É certamente algo que não deixa de nos surpreender!

Nós, os seres humanos, somos também uma dessas criaturas, provavelmente, a mais admirável de todas. Se alguém está em desacordo porque está a pensar em alguém que talvez não seja assim tão sensacional, recorde-se então de si próprio ou de uma pessoa que lhe enche o coração.

Coração que é também ele uma maravilha da natureza… Consta que bate, em média, umas 90 mil a 100 mil vezes… por dia. É incansável durante toda a vida e trabalha até mesmo quando estamos a dormir. Que grande máquina, sempre em ação!

O mesmo se pode aplicar ao outro “coração”, o que bombeia as emoções. O tal que, apesar de toda a ciência que temos, continua a ser um grande mistério. 

Talvez isto seja um pouco confuso, mas, na verdade, é o próprio que se embrulha nas razões mais obtusas, especificamente, no que toca a destilar ódios e rancores, a dar voltinhas a sofrimentos passados ou a perder-se em labirintos de defeitos próprios e alheios. 

Mas não se bata mais no coração. Afinal, ele é também o melhor que possuímos. Quando ama, é capaz de ver com os olhos de Deus, de transformar a realidade ou de a conservar para sempre. É capaz de dar a própria vida por quem ama e por quem não conhece de lado nenhum. A Bíblia diz-nos que apenas o amor permanece para sempre. Por isso, aprendamos com o coração da mãe que olha para o filho, que já quase não lhe cabe nos braços (como se os braços da mãe não fossem capazes de abraçar o mundo, se fosse preciso!) com a mesma ternura de quando o tomou ao colo quando era pequenino. Ou com o coração daquele velhinho, que, apesar dos estragos do tempo, continua a olhar para ela e a vê-la linda, inteligente e cheia de vida, tal e qual como no dia em se apaixonaram.

Que usemos esta maravilha e cada um dos seus 2900 milhões de batimentos para celebrar a vida e amar aqueles que Deus cruza no nosso caminho. 

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